O estado do Rio de Janeiro registrou 14.938 novas empresas abertas nos primeiros três meses de 2021. Isso significa um aumento de 40,5% em relação aos três primeiros meses de 2020, quando 10.636 novos negócios foram criados.
No mesmo período, o estado viu 5.979 empresas fecharem as portas. Contudo, o saldo entre o total de negócios novos e empresas fechadas foi positivo (8.959).
Os dados são da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais.
Na opinião do secretário Leonardo Soares, três fatores foram determinantes para o resultado positivo:
- maior número de desempregados;
- adaptação da economia ao período de pandemia;
- e menos burocracia do estado, o que facilita a vida do empreendedor.
“O terceiro ponto é proveniente de uma sensibilidade do estado, especialmente enxergando uma necessidade de novos empreendedores no mercado tentando negócios novos, facilitando a vida e possibilitando o ambiente de negócios”, explicou o secretário.
De acordo com o Ministério da Economia, o tempo para abertura de empresa no Brasil era, em média, de 2 dias e 13 horas no final de 2020.
Segundo o secretário estadual de desenvolvimento econômico, o processo de abertura de uma empresa na Junta Comercial leva menos de 50 minutos, em média.
“O processo de abertura na Junta Comercial sempre foi um gargalo e hoje deixou de ser. Em média, o sujeito ta conseguindo abrir na Junta Comercial uma empresa com menos de 50 minutos. Isso é um fator importante para a categoria ambiente de negócio”, disse Leonardo Soares.
Além do número alto de novas empresa no primeiro trimestre de 2021, os meses de fevereiro e março bateram o recorde de aberturas nos últimos 20 anos. Só em março, foram contabilizadas 5.862 novas empresas. O número é 82,5% maior do que o registrado no mesmo mês em 2020 (3.212).
Já em fevereiro, a Junta Comercial somou 4.720 novos negócios, um aumento de 32% em relação a fevereiro de 2020 (3.565).
Um ano antes da pandemia, no primeiro trimestre de 2019, o número de novas empresas chegou a 11.615, 22,2% a menos do que em 2021.
Entre as empresas criadas em 2021, o serviço de apoio administrativo teve o maior número de novos negócios, com 540 empreendimentos. Em seguida, aparece o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, com 469 novas empresas. Veja o ranking:
- Serviços Combinados de Escritório e Apoio Administrativo – 540
- Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios – 469
- Atividade Médica Ambulatorial Restrita a Consultas – 394
- Restaurantes e Similares – 394
- Atividades de Consultoria em Gestão Empresarial, Exceto Consultoria Técnica Específica – 368
- Lanchonetes, Casas de Chá, de Sucos e Similares – 366
- Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios, Minimercados, Mercearias e Armazéns – 291
- Serviços de Engenharia – 264
- Construção de Edifícios – 263
- Treinamento em Desenvolvimento Profissional e Gerencial – 239
Como um dos fatores determinantes para o aumento de novas empresas no estado é a alta taxa de desemprego no Rio de Janeiro, o governo do estado pretende apostar no setor da construção civil para oferecer novos postos de trabalho com carteira assinada.
De acordo com o secretário Leonardo Soares, o estado vai lançar a concessão de quatro rodovias até o final do ano.
“Isso na nossa perspectiva é bastante relevante. Hoje o estado do Rio de Janeiro não tem tempo pra perder e precisa de um projeto de aceleração de empregabilidade. E empregabilidade rápida é construção civil. É a coisa que mais gera empregabilidade imediata e nós estamos lançando quatro concessões de rodovias até o final do ano no estado do RJ”, comentou o secretário.
O chefe da pasta econômica do estado ainda comentou sobre a estratégia do estado para trazer novas usinas termoelétricas para o Rio de Janeiro.
“Haverá quatro leilões esse ano e com essa modernização da legislação no Rio de Janeiro, eu acredito que três desses quatro leilões, os vencedores vão empreender no RJ. Cada obra dessa gerará quase 3 mil empregos na construção civil”, disse Leonardo Soares.