Além dos problemas de produção internacional e a falta de semicondutores no mercado, as fabricantes brasileiras lidam com a lentidão dos órgãos fiscalizadores. (Getty Imagens)
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15% das fabricantes precisaram parar parte da produção;
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36% possuem algum atraso nas entregas por falta de componentes;
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35% enfrentam problemas na liberação de chips importados.
Todo o mundo está sob o impacto da falta de chips e semicondutores. Em 2021, a alta demanda dos componentes e as paralisações impostas pela pandemia do novo corona vírus afetaram a produção de itens como TVs, celulares, computadores e automóveis.
No cenário brasileiro a lentidão dos ficais no desembarque das cargas de chips importados, como pressão por aumento de salários, torna a situação ainda mais complicada para os fabricantes.
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Em janeiro 15% das empresas de celulares, televisores e notebooks precisaram parar parte da produção por conta da falta de peças eletrônicas, segundo levantamento da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
Já 36% das fabricantes afirmam possuir atrasos na produção ou entregas por escassez de componentes eletrônicos. Metade das linhas de produção teve o funcionamento alterado por conta do desabastecimento em dezembro de 2021.
73% das empresas estão com dificuldade para comprar chips no mercado. 26% das fábricas de produtos eletrônicos estão com estoque de matérias-primas e componentes abaixo do habitual. 35% das companhias enfrentam problemas na liberação de cargas trazidas de países estrangeiros por conta de lentidão dos auditores da Receita Federal.
Com os estoques baixos, operações paralisadas e dificuldade em comprar semicondutores, as empresas estão atrasando entregas, repassando os custos de compras, processos e descumprimento de prazo aos consumidores. O caminho mais procurado é rever acordos comerciais para não tornar a operação mais onerosa.
Com informações do jornal O Estado de São Paulo e InfoMoney.