Curling, bobsled, esqui alpino, snowboard… O torcedor que for acompanhar às Olimpíadas de Inverno de Pequim 2022 pode começar a se acostumar com esses nomes. Pensando nisso, o ge preparou um pequeno guia sobre as 15 modalidades presentes nos Jogos, os quais acontecem entre 4 e 20 de fevereiro na capital chinesa. Confira:
Praticado na neve, o biatlo é combinação do ski cross country com o tiro esportivo. Neste esporte, o atleta atira em alvos a 50m de distância em duas posições: deitado e em pé. Na posição deitada, o alvo tem 4,5cm de diâmetro e na de pé 11,5 cm.
Em uma prova, o atleta para de duas a quatro vezes para atirar, realizando cinco disparos em cada parada. As provas variam entre 10Km e 20Km para os homens e 7,5Km e 15Km para as mulheres nos formatos sprint, individual, perseguição, mass start e revezamento.
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A brasileira Jaqueline Mourão competiu no biatlo em Sochi 2014 — Foto: AP
A brasileira Jaqueline Mourão competiu no biatlo em Sochi 2014 — Foto: AP
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Tendo estado presente em todos os Jogos de Inverno (exceto em uma edição, a de Squaw Valley 1960), o bobsled é uma parte icônica das Olimpíadas. Conhecido como “Fórmula 1 do Gelo”, o , esporte é disputado em duplas e quartetos, que descem em um trenó em pistas de gelo. Nas competições, cada equipe faz de duas a quatro descidas e vence quem tiver o menor tempo no total.
Em Pequim 2022, haverá a estreia do monobob, categoria individual feminina. Com o bobsled, o Brasil esteve presente nos Jogos Olímpicos de 2002 (Salt Lake City), 2006 (Turim), 2014 (Sochi) e 2018 (PyeongChang). Em todas elas o piloto Edson Bindilatti esteve presente.
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Bobsled do Brasil em PyeongChang 2018 — Foto: Reuters
Bobsled do Brasil em PyeongChang 2018 — Foto: Reuters
Assim como o biatlo, o combinado nórdico é disputado na combinação de duas disciplinas esportivas: salto de esqui e esqui cross-country. É um esporte exclusivamente masculino e disputado na neve. O combinado nórdico está nos Jogos Olímpicos de Inverno desde a edição inaugural em 1924.
Existem dois tipos de competição de combinado nórdico, a Gundersen e a Largada Coletiva. Nas Olimpíadas, é utilizado o método Gundersen, onde o salto de esqui acontece primeiro, e o resultado é convertido para determinar a diferença de tempo entre as largadas de cada esquiador no cross-country.
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Fenômeno de audiência durante os Jogos Olímpicos de Inverno, o curling é uma modalidade que, a princípio, lembra a bocha, mas possui um nível de complexidade que o faz ser conhecido como “Xadrez no Gelo”. O jogo consiste no lançamento de pedras em relação a um alvo e, no fim, quem tiver mais pontos vence a partida.
A pedra de granito pesa entre 17 e 20kg e tem uma circunferência de 910 milímetros, além de uma haste (handle) para facilitar o manuseio. A pista tem 5 metros de largura e 45 metros de comprimento e possui especificidades diferentes das arenas de hóquei e patinação. Pequim 2022 terá três eventos na competição de curling, com nove medalhas à disposição.
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Seleção norueguesa de curling em ação em Sochi 2014 — Foto: Pascal Le Segretain/Getty Images
Seleção norueguesa de curling em ação em Sochi 2014 — Foto: Pascal Le Segretain/Getty Images
O esqui alpino é uma das competições mais simbólicas dos Jogos de Inverno, onde os competidores costumam alcançar velocidades de até 152km/h, enquanto deslizam por um percurso cheio de curvas sinuosas e saltos flutuantes. A nível de competição, o esqui alpino consiste em percorrer um percurso descendente em velocidade, com passagens obrigatórias e entre estacas plantadas na neve chamadas “portas”. O objetivo é completar o percurso no menor tempo possível.
A modalidade é um dos esportes mais fisicamente exigentes no programa dos Jogos Olímpicos de Inverno e isso se reflete no fato de que, em toda a história do esqui alpino no evento, somente cinco atletas conseguiram defender suas coroas olímpicas nas respectivas edições seguintes.
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Suíça e Áustria disputam o ouro no esqui alpino por equipes em Pyeongchang 2018 — Foto: Reuters
Suíça e Áustria disputam o ouro no esqui alpino por equipes em Pyeongchang 2018 — Foto: Reuters
O esqui cross-country é um dos esportes originais dos Jogos Olímpicos de Inverno, tendo sido disputado na edição inaugural em Chamonix 1924. No cross-country, os esquiadores percorrem grandes distâncias, com o objetivo de completar no menor tempo possível. É realizado em terrenos planos ou ondulados, diferente do esqui alpino, que é praticado em encostas íngremes de montanhas.
Em Pequim 2022, haverá 12 eventos em disputa com 36 medalhas a serem conquistadas. A Noruega tem sido uma força constante na modalidade e é favorita para conquistar a maioria dos pódios nos Jogos Olímpicos deste ano.
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Depois de aparecer como um esporte exibição nos Jogos de Calgary em 1988, o esqui estilo livre foi introduzido no programa Olímpico de inverno em 1992. É uma modalidade caracterizada pela existência de saltos acrobáticos e descidas de montanha em velocidade.
Ao todo são 13 eventos no esqui estilo livre em Pequim 2022, que incluirão duas novas disciplinas: o big air feminino e masculino e o aéreos por equipes mistas. Os aéreos, o halfpipe, o slopestyle e o moguls são todos eventos “julgados”- os atletas recebem uma nota de um grupo de juízes, baseados nas suas habilidades técnicas e desempenho em cada corrida dentro da competição.
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A canadense India Sherret salta durante a prova do esqui estilo livre em 2018 — Foto: Cameron Spencer/Getty Images
A canadense India Sherret salta durante a prova do esqui estilo livre em 2018 — Foto: Cameron Spencer/Getty Images
É o esporte coletivo mais tradicional dos Jogos de Inverno e é formado por times de seis jogadores (cinco na linha e um no gol), com substituições constantes entre titulares e reservas, que conduzem um disco de borracha com tacos e precisam fazer gols. A lógica é simples: no fim de três períodos, quem tiver mais gols é o vencedor.
Estima-se que o hóquei no gelo tenha surgido no Canadá, entre os séculos XVIII e XIX, como adaptação do hóquei no campo durante o inverno rigoroso no país. O Canadá, aliás, tem nove medalhas de ouro em Olimpíadas de Inverno e é o grande favorito em Pequim, tanto no feminino e como no masculino.
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Partida da liga australiana de hóquei no gelo — Foto: Facebook
Partida da liga australiana de hóquei no gelo — Foto: Facebook
O luge é um dos três esportes de pista no programa dos Jogos Olímpicos de Inverno, ao lado do skeleton e do bobsled. É o mais rápido dos três, com atletas competindo a uma velocidade média que varia entre 120 e 145km/h.
Assim como o skeleton, o luge é um esporte individual. A diferença é que o atleta desce a pista com as costas em cima do trenó e a cabeça para trás, sem ter uma visão completa da pista. Alemanha, Áustria e Itália são as principais potências do luge.
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A patinação artística é um esporte no qual os atletas apresentam coreografias no gelo utilizando patins dotados de lâminas côncavas. As categorias disputadas em nível olímpico são cinco: individual masculino, individual feminino, duplas, dança no gelo e o evento em equipes.
Na patinação artística, assim como em muitos esportes denominados artísticos, a exemplo das ginásticas, as apresentações são acompanhadas por música selecionadas de escolhas pessoais dos atletas e seus treinadores para acompanhar as séries de elementos.
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Patinação de velocidade
É a competição mais antiga entre países. O esporte fez parte da primeira edição dos Jogos Olímpicos de Inverno e não saiu mais do programa. Com 14 eventos no total, a patinação de velocidade é o maior esporte (em termos de eventos) em Pequim 2022.
Em Pequim, as distâncias envolvem desde corridas de 500 metros até provas de 10 mil metros, passando por provas de perseguição e de sprint por equipes. Sven Kramer continua sendo a principal força entre os homens. O astro holandês é o primeiro patinador a conquistar quatro Mundiais consecutivos.
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Sven Kramer, a grande estrela da patinação de velocidade — Foto: Reuters
Sven Kramer, a grande estrela da patinação de velocidade — Foto: Reuters
Patinação em velocidade em pista curta
A patinação em velocidade em pista curta terá nove eventos nos Jogos de Pequim, incluindo o revezamento por equipes mistas, que fará a sua estreia olímpica. Nesta modalidade, as provas são disputadas em pistas de 500, 1000 e 1500 metros.
Não há um domínio nas principais competições de pista curta, tanto que nenhum patinador foi capaz de defender o seu título em Sochi 2014 e em Pyeongchang 2018, exceção feita à República da Coreia nos 3000m do revezamento.
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Criado na Noruega no início do século XIX, o salto de esqui ou ski jumping, consiste em esquiar por uma rampa de neve artificial, saltar o mais longe possível e aterrissar de maneira perfeita. Diferentemente do esqui alpino, o objetivo do salto com esqui é marcar mais pontos que os outros competidores.
Serão cinco eventos no salto de esqui em Pequim 2022, incluindo o novo evento de equipes mistas, que fará a sua estreia nos Jogos Olímpicos de Inverno. A Alemanha é uma potência do esporte, de tal modo que deixou fora da lista final para Pequim o quatro vezes medalhista Olímpico e campeão em PyeongChang, Andreas Wellinger.
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O skeleton é considerado um dos esportes mais radicais dos Jogos Olímpicos de Inverno e é disputado individualmente. Nas competições, o atleta se lança em um trenó e desce de cabeça a uma grande velocidade. Ele faz de duas a quatro descidas e vence quem tiver o menor tempo no total.
Com apenas seis medalhas na disputa, o skeleton tem o menor número de eventos nos Jogos de Inverno, o que significa que a disputa pelo pódio será bastante acirrada. No feminino, as atenções ficam voltadas para a brasileira Nicole Silveira, que vem obtendo grandes resultados ao longo da temporada.
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O snowboard é um dos eventos mais novos no programa Olímpico de Inverno, tendo sido incluído pela primeira vez na edição de Nagano, no Japão, em 1998. O esporte é considerado um híbrido esqui, skate e surfe. A atividade principal consiste em se equilibrar com os pés presos a uma prancha e deslizar pelas encostas cobertas de neve.
São ao todo 11 eventos na competição de snowboard em Pequim 2022, incluindo o snowboard cross entre equipes mistas, que fará a sua estreia nos Jogos Olímpicos de Inverno. Uma das principais atrações será o americano Shaun White, que detém o recorde de medalhas de ouro olímpicas (três) no snowboard e vai em busca do tetra.
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Shaun White em ação na última edição dos Jogos Olímpicos de Inverno — Foto: Reuters
Shaun White em ação na última edição dos Jogos Olímpicos de Inverno — Foto: Reuters