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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Caminhada do Dois de Julho, no Largo da Soledade, em Salvador. — Foto: Ricardo Stuckert / PR Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Caminhada do Dois de Julho, no Largo da Soledade, em Salvador. — Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu nesta quinta-feira (4) transformar o 2 de Julho na outra data oficial da Independência do Brasil, além do 7 de Setembro.
Lula deu a declaração durante discurso em evento de lançamento da pedra fundamental de um laboratório científico público em Campinas — projeto que deve custar cerca de R$ 1 bilhão.
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Lula lança laboratório científico público de R$ 1 bilhão em Campinas — Foto: Pedro Santana/EPTV Lula lança laboratório científico público de R$ 1 bilhão em Campinas — Foto: Pedro Santana/EPTV
A data marca a expulsão do Brasil dos últimos portugueses que resistiam a aceitar a independência do país. Isso foi em julho de 1823, ou seja, 9 meses depois da independência oficial do país, em 7 de Setembro.
Quando mencionou a data baiana, no discurso desta quinta, Lula discorria sobre os potenciais do Brasil como nação e as dificuldades encontradas ao longo da história. Ele citou, por exemplo, que o Brasil foi o último país da América do Sul a conquistar a independência no século XIX.
“Nós fomos o último país a fazer a independência. E tem duas independências. Tem independência, que foi o grito do imperador, que a gente nem sabe se deu o grito mesmo, mas está lá. Dizem que deu o grito, tem a fotografia e alguns cavalos”, afirmou o presidente.
“Mas nós tivemos a verdadeira independência do Brasil, que foi o resultado final da expulsão dos últimos portugueses, que foi o 2 de Julho em Salvador, na Bahia. Ali, houve luta e houve mulheres heroínas, muitas mulheres que lutaram para garantir a independência. Eu agora vou tentar transformar os dois dias em ato oficial da Independência. E, mais ainda, vamos ter que recontar a história deste país”, completou Lula.
Políticos e autoridades marcam presença no desfile do 2 de Julho em Salvador
Em 25 de junho de 1822, a população do recôncavo baiano concordou em proclamar Dom Pedro de Alcântara como regente constitucional e defensor perpétuo do Brasil.
A população defendia a formação de um governo composto por brasileiros, o que não foi aceito pelos portugueses que ocupavam o local e buscavam manter aa dominação colonial.
A partir disso, houve a primeira batalha entre os grupos — brasileiros e portugueses.
Após três dias, em 28 de junho, os baianos tomaram uma embarcação portuguesa atracada às margens do Rio Paraguaçu. Foi a primeira vitória da população local contra o domínio português.
As lutas persistiram, chegando até Salvador, onde foi travada a batalha final, em de 2 de julho de 1823. Com a vitória do povo baiano, foi marcada, de forma definitiva a expulsão da Coroa Portuguesa do Brasil.